A rejeição é uma das coisas mais dolorosas que podemos lidar. É mais comum do que se imagina. Ela ocorre quando a criança, mesmo ainda pequena, sente que a mãe, o pai ou ambos não lhes dedicam atenção ou afeto. Algumas vezes decorre também em função da comparação com irmãos, na disputa do amor materno ou paterno, quando a criança acredita que a mãe não o ama, preferindo seu irmão ou irmã, por ser mais novo, mais bonito, mais inteligente, mais educado etc.
Acontece também quando a mãe se dedica mais a um dos filhos que tenha alguma doença ou que demande cuidados especiais, levando os outros filhos a sentirem falta de atenção e afeto. Uma outra forma são aquelas situações onde os pais abandonam os filhos, seja porque não pode cria-los ou porque não os querem de verdade. Nestes casos o sentimento de rejeição é ainda mais doloroso.
Esses motivos, sejam em uma situação mais leve ou mais dramática, fazem com que a criança se sinta preterida ou rejeitada, como se não tivesse muito valor. Permanecendo oculta na vida adulta, inconsciente, podendo aparecer a qualquer minuto, dependendo da situação que os desencadeie. Tornando as pessoas frágeis, defensivas, diante comentários e feedback.
Alguns comportamentos são comuns na vida adulta em decorrência do sentimento de rejeição do passado. A pessoa pode viver achando que não merece muito, que não é nunca é amada, que tudo que recebe é pouco, que as pessoas não valorizam o que ela faz, que pode ser deixada por seu parceiro, que a família não gosta tanto dela e por ai adiante. A pessoa também pode fazer um padrão oposto, achar que merece tudo, mais que todo mundo, como se tivessem tirado dela, algo que a pertencia por direito e agora tenta ser compensada.
Seja como for, existe sempre um buraco existencial, um sentimento de perda, de falta, de falta de valor, que irá ressoar por toda a vida, se não for tratado. Eu poderia dizer que esta é uma das maiores chagas existenciais, que leva as pessoas a começarem e terminarem relacionamentos, trabalhos ou as vezes a acabarem até com a própria vida.
Mas, rejeição tem cura e quanto mais rápido e mais profundo você olhar para isso, mas rápido encontrará o autoamor e a felicidade em seu coração. Você precisa tratar sua criança infantil, acolher esse ser que ainda não tinha condição suficiente para entender a realidade. Comece respirando pela boca e tentando entrar em contato com o sentimento da rejeição. Deixe esse sentimento sair. Acolha esta criança. Diga a ela que agora está tudo bem. Entenda o que fez ela se sentir assim. Leve a razão ai. Leve luz nesse ponto ainda escuro. Caso precise de ajuda, procure um profissional treinado para isso.
Você pode, tem direito e merece se sentir realmente amada e acolhida. Olhe para dentro e curará fora. Pense nisso!!!
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